terça-feira, 1 de novembro de 2011

Desculpem...

Peço desculpas a todos a quem envio minhas postagens e que as lêem, pela minha ausência nestas últimas 3 semanas. Venho passando por um período extremamente difícil para mim, pois estou tentando ajudar meu cachorrinho, o Juca, para que não tenha sofrimento devido a um melanoma que foi descoberto em seu pálato.
Estou atrás de todas as opiniões possíveis, de diversos profissionais para que, finalmente, eu possa chegar a uma decisão do melhor a fazer. Acredito que este momento chegou hoje e, apesar disso, mesmo com meu coração em frangalhos, vou em frente com o que acredito que seja a melhor forma de manter sua qualidade de vida, pelo tempo que for necessário, já que a cirurgia foi desaconselhada, por unanimidade.
Estou me refazendo de tudo isto e lutando para passar a ele a melhor energia que eu puder.
Na próxima semana estarei de volta!
Beijos a todos.





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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Uma ótima idéia!

Estava eu lendo alguns artigos numa revista na semana passada e me deparei com um deles, o mais interessante de todos.
Dentro do assunto da exploração da terra de forma ecologicamente correta, alguns paises produtores de vinho estão preocupados com a utilização de métodos que não sejam prejudiciais à natureza. Podemos citar a Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos e África do Sul como alguns destes paises que têm procurado investir no uso racional da energia e água na reciclagem, na eliminação de agrtóxicos e até no uso de animais para o combate as ervas daninhas. E claro, o planeta agradece!
Às vezes, pensamos que qualquer tipo de medida que seja tomada para ter atitudes ecologicamente corretas, irá nos custar muito dinheiro ou talvez teremos que investir muito em tempo, mas, em muitos casos, essas atitudes são fáceis de serem tomadas e baratas, e melhor, estão à nossa disposição, se nos propusermos a observar bem o meio no qual vivemos.
Estes produtores estão preocupados em utilizar meios que a própria natureza oferece gratuitamente, como a utilização da energia solar, da reciclagem e compostagem, o controle natural de pestes com a atração da insetos benéficos, a criação de ovelhas para o controle das ervas daninhas, instalação de ninhos artificiais para atrair aves que se alimentam de roedores que prejudicam as plantações e por aí vai.
Como percebem, nada tão complicado e disponível na natureza. Aliás, ela sempre nos dá muitos presentes, que muitas vezes não enxergamos. A única preocupação é que haja a certeza de que estes produtores (que fazem parte de um programa especialmente criado para vinicultores e que lhes proporcionará certificações em seus vinhos) realmente se engajem nesta luta.
Tomara que, além de tudo o que vem sendo feito aos poucos por aqueles que vivem da terra, outros produtores também tenham idéias maravilhosas como estas.
PARABÈNS!!





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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Santa ignorância!!

Já pedindo desculpas pelo meu atraso de duas semanas, aqui vai mais um assunto que acho que é de interesse de muitos.
Faz algumas semanas, estava eu tranquilamente sentada num banco no colégio onde minha filha estuda, esperando por ela, na saída, quando, de repente, senta-se também um grupo de outras três mães, muito refinadas na forma de falar e aparentemente continuam uma conversa que já estava em andamento, sobre uma pequena apresentação de seus filhos, com fantasias típicas, para homenagear a Semana do Folclore.
Qual não foi o meu espanto quando escuto o seguinte diálogo entre duas delas: "... é, vou ver como farei com essa fantasia, que é do Amazonas. Aliás, Amazonas é no Nordeste, né?" E a outra responde, no mesmo elevadíssimo nível de conhecimentos: "Não, o Amazonas acho que é no Norte. Sei lá, nunca sei se é Norte ou Nordeste!" E a conversa continuou a partir dali, mas eu já nem conseguia mais prestar atenção, tamanha a minha perplexidade. Aliás, fiquei até com um pouco de receio de que a quantidade de informações a partir dali fosse tão grande que eu não pudesse assimilar.
"Meu Deus!" pensei, "Não é possível que eu esteja ouvindo isto!" E falamos de mães de um colégio como o Objetivo de Alphaville, onde a grandíssima maioria vem da classe alta, que imaginamos que tenham frequentado ótimas escolas nas suas épocas. Se formos pensar bem, não é necessário frequentar uma excelente escola para saber coisas banais sobre o nosso pais. O desinteresse é absurdo.
Existem coisas que são ensinadas em qualquer escola, por pior que seja o professor ou o método de ensino e se, ainda por cima o local é bom, maiores os motivos para estas pessoas saberem, por exemplo, onde fica o Amazonas.
No meu ponto de vista, acho que neste caso cabe mais falarmos de uma completa falta de interesse em aprender, principalmente aquilo que se refere ao Brasil. Já existe uma pré-disposição do brasileiro para não dar valor ao que é nosso. Ele é acostumado assim desde bem pequeno. É cultural e muito sério. Acho, até, que, na verdade, o título desta postagem nem deveria se referir à ignorância, mas sim à burrice mesmo, pois o ignorante é aquele que não sabe porque não teve meios para chegar a informação correta e o burro é aquele que tem os meios, mas "não tá nem aí".
O caso destas mães é só um exemplo de tantos absurdos que vemos e ouvimos por aí todos os dias. Os piores absurdos que são ditos não por aqueles que não podem ou puderam ir à escola ou, se foram, não conseguiram aprender.
Os piores absurdos são ditos por aqueles que têm os meios nas mãos, mas preferem não saber. Que mesmo que não tenham ido à uma boa escola, podem ir atrás da informação para aprender cada vez mais, mas preferem continuar no conforto da sua burrice. Uma pena!
Uma ótima semana a todos!





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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Atos de covardia

Há, pelo menos dois finais de semana, estamos sendo testemunhas das diversas manifestações que estão se espalhando, principalmente pela TV, contra maus-tratos contra animais. Já era tempo das pessoas começarem a acordar para essa triste realidade que nos cerca. Muitos preferem "fazer de conta" que não percebem, pois, afinal, "são só animais...". Triste. Muito triste mesmo. Bem que eu li uma vez, que a verdadeia alma de um ser humano fica evidente quando se vê o tratamento que ele dá a um animal. Quem maltrata um animal, por si indefeso diante da maldade de muitas pessoas, imaginem o que poderia ser capaz de fazer a outro semelhante?
Neste último final de semana, foi a vez do famoso Rodeio de Barretos, onde houve o sacrifício de um bezerro de 3 a 4 meses de vida somente, depois de ter ficado tetraplégico, após manobra absurdamente violenta de um peão que, em prova admirada e aplaudida pelo público ignorante, torceu de tal forma o pescoço do animal, até romper-lhe a coluna vertebral. Junto com uma série de fotos levadas ao ar sobre este episódio lamentável, foram mostradas outras cenas, que acredito que nem existiam na época dos gladiadores, de agressão a estes animais em rodeios, uma delas mostrando um valente peão chutando a cabeça de um bezerro completamente amarrado pelas patas, imbilizado depois de ter sido arrastado pela arena e puxando-lhe violentamente a cabeça para trás, pelas orelhas. E por aí vai...
Deus queira que todos estes movimentos de defesa aos animais finalmente comecem a ganhar maior atenção das pessoas e que cada um se conscientize do que realmente acontece por este mundo afora. Deus queira que cada um pense nisto tudo com um pouco mais de carinho e saia de sua "zona de conforto", fazendo o que for preciso para ajudar. Qualquer coisa...
Abaixo, coloco um texto com dados muito interessantes sobre o trabalho realizado pelo Dep. Tripoli, do PSDB, juntamente com a UIPA, além da descrição dos fatos ocorridos em Barretos.
Um abraço a todos!
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Prezados associados e colaboradores da centenária UIPA, UNIÃO INTERNACIONAL
PROTETORA DOS ANIMAIS,

Atendendo à solicitação do Deputado Federal Ricardo Tripoli (PSDB/SP), a
UIPA redigiu a justificativa e o texto do projeto de lei federal que proíbe
a execução de prova ou apresentação de qualquer modalidade que consista em
perseguição, seguida de laçada ou derrubada de animal, em rodeios ou
eventos congêneres.

Durante uma prova de perseguição seguida de derrubada na arena da 56º Festa
do Peão de Boiadeiro de Barretos, um garrote teve de ser morto, em virtude
da paralisia permanente provocada pelo peão que lhe quebrou a coluna
vertebral.

O fato, entretanto, não é incomum, uma vez que as provas de perseguição,
seguidas de laçadas e derrubadas, não só submetem os animais a sofrimento
físico e psíquico, mas a risco de lesões orgânicas, rupturas musculares e
paralisia gerada por danos irreversíveis à coluna vertebral.

O projeto de lei nº 2086/2011, apresentado pelo parlamentar paulista nesta
terça-feira, considera infrator o responsável consignado na licença, ou
alvará, que autorizou a realização do evento em que foram executadas as
práticas contra os animais, bem como a autoridade, agente ou servidor que
concedeu alvará ou licença ao evento. A infração implicará interdição do
evento e multa de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) , dobrada em caso de
reincidência.


A justificativa apresentada foi extraída do texto " Cruéis Rodeios - A
exploração Econômica da Dor", elaborado pela presidente da UIPA, e que
fundamentou o mais recente acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo
contra os rodeios.

De público, a UIPA parabeniza o Deputado Trípoli pela valorosa iniciativa.

Segue abaixo o texto do projeto e de sua justificativa.

Saudações

Vanice Orlandi
Presidente


PROJETO DE LEI Nº , DE 2011
(Do Sr. Ricardo Tripoli)


Dispõe sobre a proibição de perseguições seguidas de laçadas e derrubadas
de animal, em rodeios ou eventos similares.




O Congresso Nacional decreta:



Art. 1º Esta Lei proíbe perseguições seguidas de laçadas e derrubadas de
animal em rodeios ou eventos similares, e estabelece as sanções aplicáveis
aos infratores dessa determinação.



Art. 2º Fica proibida a execução de prova ou apresentação de qualquer
modalidade que consista em perseguição, seguida de laçada ou derrubada de
animal, em rodeios ou eventos congêneres.



Art. 3º. Considera-se infrator o responsável consignado na licença, ou
alvará, que autorizou a realização do evento em que foram executadas as
práticas de que trata o art. 2º, bem como a autoridade, agente ou servidor
que concedeu alvará ou licença ao referido evento.



Art. 4º A Administração Pública, por seu órgão competente, aplicará pena de
multa no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), ao infrator, que será
intimado a fazer cessar, de imediato, as práticas de que trata o art. 2º,
sob pena de interdição do evento.

§ 1º Em caso de reincidência, a multa será aplicada em dobro.

§ 2º A sanção prevista neste artigo será aplicada sem prejuízo do disposto
no art. 32 da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e seu regulamento.



Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.



JUSTIFICAÇÃO



Durante uma prova de perseguição seguida de derrubada na arena da 56º Festa
do Peão de Boiadeiro de Barretos, um garrote teve de ser morto, em virtude
da paralisia permanente provocada pelo peão que lhe quebrou a coluna
vertebral.

O fato, entretanto, não é incomum, uma vez que as provas de perseguição,
seguidas de laçadas e derrubadas, não só submetem os animais a sofrimento
físico e psíquico, mas a risco de lesões orgânicas, rupturas musculares e
paralisia gerada por danos irreversíveis à coluna vertebral.

Na prova denominada “bulldogging”, o peão desmonta de seu cavalo, em
pleno galope, atirando-se sobre a cabeça do animal em movimento, devendo
derrubá-lo ao chão, agarrando-o pelos chifres e torcendo lhe violentamente
o pescoço, o que pode ocasionar ao animal deslocamento de vértebras,
rupturas musculares e diversas lesões advindas do impacto recebido em sua
coluna vertebral.

São cruéis também as provas de laço. Na “Calf Roping” (laço do bezerro),
o laço que atinge o pescoço do bezerro o faz estancar de forma abrupta,
tracionando-o para trás, em sentido contrário ao que corria. O laçador
desce do cavalo e, segurando o bezerro pelas patas, ou até mesmo pela prega
cutânea, ergue-o do solo até a altura da cintura do laçador, para em
seguida atirá-lo violentamente ao chão, sendo três de suas patas amarradas
juntas. São utilizados bezerros de apenas quarenta dias de vida, já que o
animal não pode ultrapassar 120 quilos. Por se tratar de uma competição,
cujo tempo é fator primordial, tudo é feito de maneira rápida, grosseira e
atabalhoada, aumentando a possibilidade de traumatismos que resultam em
sequelas, tais como rompimento de órgãos internos, lesões nos membros, nas
costelas e na coluna vertebral, além de deslocamento de vértebra e de disco
intervertebral, como enfatiza a Prof.ª Dr.ª Irvênia Prada, Professora
Titular Emérita da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP,
orientadora da pós-graduação em Anatomia dos Animais.

Ademais, os bezerros utilizados em tais provas são submetidos à privação de
alimento para que mantenham um peso bem abaixo do normal e, dessa forma,
tenham a leveza e o movimento exigidos por essa modalidade. Se o bezerro
fosse alimentado adequadamente, seu peso dificultaria a atividade do peão
de tracioná-lo e de erguê-lo do solo, comprometendo a execução da prova. A
má alimentação leva à desnutrição, o que também traz sequelas.

Na “Team Roping” (Laço em Dupla), um dos peões laça a cabeça de um
garrote, enquanto o outro laça-lhe a perna traseira; em seguida, os peões
o esticam entre si, resultando em sérios danos à coluna vertebral e em
lesões orgânicas.

Nas denominadas “vaquejadas”, a violência não é menor. O gesto brusco de
tracionar violentamente o animal pelo rabo pode causar luxação das
vértebras, ruptura de ligamentos e de vasos sangüíneos, estabelecendo-se,
portanto, lesões traumáticas com o comprometimento, inclusive, da medula
espinhal. Não raro, sua cauda é arrancada, já que o vaqueiro se utiliza de
luvas aderentes. Da necessidade de derrubar o bovino para prestar-lhe
assistência, em condições que não permitiam ao sertanejo fazer uso da
corda, devido à quantidade de espinhos e de pontas de galhos secos que
embaraçavam o caminho, surgiu o costume de derrubar o animal,
tracionando-lhe a cauda. Tratava-se, entretanto, de medida destinada ao
bem-estar do animal que carecia de assistência, que não poderia lhe ser
oferecida de forma menos lesiva. Ausente o estado de necessidade, a conduta
visando o mero entretenimento adentra o campo da ilicitude penal,
sujeitando seus praticantes às penas cominadas na Lei de Crimes Ambientais.

Conforme alegado pelos defensores dos rodeios, as provas que envolvem
laçadas e derrubadas exibidas em rodeios não são cruéis, à medida que
reproduzem as atividades normalmente realizadas em fazendas. Tais práticas,
contudo, já são condenadas pelas atuais técnicas de produção pecuária,
justamente, por elevarem o estresse e os riscos de fraturas e de morte a
que são expostos os animais.

Segundo consta da literatura atinente aos métodos de contenção de bovinos,
tratamentos clínicos em que há necessidade da derrubada do animal exigem a
escolha de um solo plano e macio, coberto com colchões de espumas ou cama
de capim. Do contrário, podem ocorrer graves traumatismos, ou até mesmo
lesões irreversíveis do nervo radial, que podem levar à paralisia
permanente.

É o que ensina também o Prof. Dr. Duvaldo Eurides da Universidade Federal
de Uberlândia, em seu livro “Métodos de Contenção de Bovinos”, p. 44 (Rio
Grande do Sul, Editora Agropecuária, 1998), ao abordar a questão da
derrubada, recomendando que “para realizar tratamentos clínicos em bovinos
torna-se necessário derrubá-los e escolher um local adequado: solo plano e
macio, coberto com colchões de espumas ou em cama de capim, pois em
terrenos duros podem ocorrer graves traumatismos ou até mesmo lesões
irreversíveis do nervo radial, causando paralisia permanente”.

Se as laçadas e derrubadas são condenáveis até mesmo nas fazendas, onde são
executadas por necessidade, com muito mais razão não podem ser admitidas
como mero entretenimento.

O artigo publicado na revista “The Animals Agenda”, em março de 1990,
traz depoimento, nesse mesmo sentido, do veterinário E. J. Finocchio:

“Testemunhei a morte instantânea de bezerros após a ruptura da medula
espinhal... Também cuidei de bezerros que ficaram paralíticos e cujas
traquéias foram total ou parcialmente rompidas. Ser atirado violentamente
ao chão tem causado a ruptura de diversos órgãos internos, resultando em
uma morte lenta e agonizante”.



Assim como nas montarias, os laçadores treinam por várias horas. A revista
“Rodeo Life”, de maio de 1997, publicou entrevista com um deles, da qual
se destaca o seguinte trecho:

“Treinava das cinco da tarde até às dez da noite, sem trégua. Sempre
passava da meia noite e não amarrava menos de cem bezerros”.



Ainda há outras graves conseqüências que advêm da tentativa de se
reproduzir, artificialmente, na arena o que ocorre no campo. Nas provas que
envolvem laçadas e derrubadas, simula-se uma perseguição do peão ao animal;
é preciso, então, criar um motivo para que o bovino, manso e vagaroso,
adentre a arena em fuga, devendo ser submetido à tortura prévia que, no
mais das vezes, consiste em ser encurralado, molestado com pedaços de
madeira, receber estocadas de choques elétricos e ter sua cauda tracionada
ao máximo, antes de ser solto na arena. Garante-se, assim, que o animal, em
momento determinado, irá disparar em fuga, pois lhe criaram um motivo para
isso.

Vê-se que os animais são submetidos a sofrimento e a risco de lesões, o que
viola a legislação atinente à tutela jurídica dos animais.

Dispõe a Constituição Federal, no capítulo do Meio Ambiente:

“Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se
ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para
as presentes e futuras gerações.

§ 1° Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder
Público:[...]

VII – proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas
que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de
espécies ou submetam os animais à crueldade; [...]”.



A Constituição do Estado de São Paulo consagra a mesma proteção:

“Art. 193. O Estado, mediante lei, criará um sistema de administração da
qualidade ambiental, proteção e controle e desenvolvimento do meio ambiente
e uso adequado de recursos naturais para organizar, coordenar e integrar as
ações de órgãos e entidades da Administração Pública direta e indireta,
assegurada a participação da coletividade, a fim de: [...]

X – proteger a flora e a fauna, nesta compreendidos todos os animais
silvestres, exóticos e domésticos, vedadas as práticas que coloquem em
risco a sua função ecológica e que provoquem extinção de espécies ou
submetam os animais à crueldade, e fiscalizando a extração, produção,
criação, métodos de abate, transporte, comercialização e consumo de seus
espécimes e subprodutos.”



Na esfera penal, a tutela aos animais, já preconizada pela norma
constitucional, foi contemplada pelo art. 32 da Lei Federal nº 9.605/98
(Lei de Crimes Ambientais), que assim tipificou o crime ambiental de
maus-tratos para com animais:

“Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres,
domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:

Pena- detenção, de três meses a um ano, e multa.

[...]

§2º. A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do
animal.”



Em face da extrema relevância da medida aqui proposta, conta-se com o pleno
apoio dos Senhores Parlamentares para a rápida aprovação deste projeto de
lei.





Sala das Sessões, em 23 de agosto de 2011.



Deputado RICARDO TRIPOLI

PSDB/SP

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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Desabafo homossexual

Acredito que seja bem conveniente colocar, nesta postagem, um espaço para uma mensagem que recebi há alguns dias, interessantíssima e que, com certeza, deve estar circulando por aí, criada por um internauta brasileiro, mas residente em Londres. O que é muito interessante de ser lido, apesar da linguagem um pouco "direta" demais por vezes, é a clareza de suas palavras e sua revolta contra algo que, de forma alguma, defende os homossexuais, ao contrário. Esse "algo" se resume ao comportamento da maior parte da população brasileira, extremamente preconceituosa, seja de forma manifesta ou latente, e às suas manifestações públicas. E o que faz tudo muito mais interessante é o fato dessa pessoa fazer parte dessa fatia da população no mundo.
O melhor é ler a mensagem. Por si só, ela já diz tudo. Não se fazem necessários maiores comentários. E cabe aqui colocar que a menção a alguns nomes são de inteiro direito do autor, diante de sua visão desta problemática.
BOA LEITURA!
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"Tenho 42 anos, sou gay, torcedor do cruzeiro, advogado e moro em Londres.
Nunca sofri nenhum tipo de discriminação em virtude de minha orientação sexual.
E como gay, penso que tenho alguma autoridade nesse assunto.
Primeiramente - e já contrariando a turba - gostaria de expressar minha sincera simpatia pelo Deputado Bolsonaro, que no fundo deve ser uma pessoa de uma doçura ímpar, apesar de suas manifestações "grosseiras e/ou politicamente incorretas".
Mas ele está corretíssimo em suas ponderações sobre as ideais dos gays brasileiros.
Vou direto ao assunto.
Nunca tive problemas em ser homossexual porque sou uma pessoa comum, quase igual à vida de qualquer heterossexual.
Esse negócio de viver a vida expressando diuturnamente sua sexualidade é uma doença.
A sexualidade é algo que se encontra na esfera da intimidade e não diz respeito a ninguém.
Não tenho trejeitos e não aprecio quem os tem.
Para mim, qualquer tipo de extremo é patológico.
Minha vida é dedicada e focada em outras coisas, principalmente o trabalho.
Outros, como doentes que são, vivem a vida focados na sexualidade.
O machão grosseiro e mulherengo ou a bicha louca demonstram bem estes extremos.
Qualquer tipo de pervertido ou depravado (como a Preta Gil), o pedófilo, estão neste mesmo barco.
Nunca fui numa parada gay e jamais irei, pois para mim aquilo é um circo de loucas horrorosas, uma apologia à bizarrice e à cocaína.
Sejam francos e falem a verdade!
Hoje aplaudimos o bizarro e a perversão doentia e ainda levamos nossos filhos pra assistir esses desfiles.
Se a parada gay realmente fosse um ato político, relembrando sua real importância histórica, muita bem caberia no carnaval - abrindo o desfile das escolas de samba. Muito mais apropriado.
Está rolando sim, um movimento das bichas enlouquecidas, no sentido de transformar o mundo num grande puteiro-hospício gay.
Eu tenho um sobrinho de 11 anos e nunca senti a necessidade de explicar para ele que o "titio é gay" - isto é uma palhaçada.
As crianças devem ser educadas no sentido de respeitar o próximo e ponto.
Isto engloba tudo.
Se pararmos para olhar como o mundo se encontra, temos que reconhecer que o modelo de educação que se desenvolve há décadas foi criado no sentido de deseducar e desestruturar cultural e intelectualmente as massas.
Universidades por todo mundo vomitam milhões de pseudos-intelectuais todos os anos, mas tudo piora a cada dia e caminhamos a passos largos para o buraco.
Todos os governos do mundo conspiram contra seus próprios cidadãos e se transformaram em grandes máfias, junto com os Bancos e as Corporações estão levando tudo, inclusive (e principalmente) nossa própria humanidade.
A corrupção se alastra pelo globo e nunca vimos tantas guerras e descrições que vão desde o aspecto moral, até o material - a destruição de nosso próprio planeta.
A coisa está tão feia, mas tão feia, que somente uma intervenção "divina"é capaz de frear nossos insanos governantes e a turba alucinada.
E digo mais !
A fonte desse movimento encontra-se dentro da Rede Globo, onde a viadagem anda solta, desde muito tempo atrás.
Os maiores interessados no crescimento desse movimento gay são os diretores dessa TV desumana, a Globo, que no fundo no fundo, incita as crianças e jovens a assumirem um lado feminino, que em tese, às vezes nem existe de fato.
Se ninguém disser um chega BEM ALTO a essa gayzada frenética, a coisa sairá dos limites - como já está saindo.
Essa é a expressão de milhares e milhares de pessoas, para não dizer milhões.
Os gays precisam de amor e compreensão, não de fanatismo apregoado pelas bichas ensandecidas.
CONCLUINDO: SEJA GAY, NÃO PRECISA SER VIADO."





quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O Ato Médico

Para quem ainda não sabe, o Ato Médico constitui-se em mais uma medida arbitrária por parte da classe médica, a partir da qual lutam pela aprovação de uma lei que deixe como exclusivos desta mesma classe, alguns procedimentos importantes na avaliação de pacientes, dentro da área da saúde, como a elaboração de diagnósticos e os possíveis encaminhamentos. Por ele, lutam por concentrar em suas mãos esses procedimentos que, hoje, também são realizados com louvor por outros profissionais como psicólogos e fonaudiólogos.Interfere-se assim nos acompanhamentos multidisciplinares, muito mais eficientes nos resultados finais e, consequentemente, nos atendimentos no SUS, pr exemplo, que se baseiam nessa multidisciplinaridade.
Por um lado, os profissionais da área da saúde lutam incansavelmente por trabalhos onde todos possam interferir com suas visões e interpretações de um acompanhamento. É como dizemos que vários olhos vêem melhor que dois. E, por outro lado, a classe médica continua desejando o oposto: que todo o poder continue em suas mãos, que as possibilidades se afunilem.
Coloco esta postagem de hoje como um protesto ao Ato Médico, não somente como representante da classe dos psicólogos neste país, mas como algo maior: o ato de abrirmos os olhos para o narcisismo desta classe que deveria ser companheira sempre. O ato de avaliarmos melhor o que pode existir por trás do controle nas mãos de somente uma classe de profissionais da saúde: sempre se esconde algo por detrás do controle, qualquer que seja, em qualquer tempo.
Uma ótima semana!





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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Especialização ou visão mais ampla?

Começo esta postagem com uma frase que li há tempos e achei interessantíssima: "A própria ciência fragmentou-se em física, biológica e humana. A abordagem disciplinar das universidades, com sua típica e fragmentada metodologia, produziu o 'especialista', esse exótico personagem que sabe quase-tudo de quase-nada. É a visão especializada, com sua superênfase na parte, desconectando-se do 'Holos', conduzindo-nos literalmente à beira de um abismo" (Roberto Crema em "Introdução à Visão Holística", 1989).
Infelizmente, nos dias de hoje, as universidades formam cada vez mais indivíduos que não tem o conhecimento mais amplo sobre a carreira que escolheram. Elas já oferecem cursos que se iniciam nas especializações, quando o correto deveria ser o contrário: iniciar pela visão ampla, global, mas não superficial, abrangendo todos os fundamentos possíveis, todas as áreas possíveis, para formar indivíduos como amplos conhecimentos daquilo que estudaram. Aí sim, o próprio indivíduo escolherá se será melhor se especializar ou não ou se para a sua prática profissional é melhor ter um conhecimento apurado do todo.
Infelizmente, hoje em dia também se dá maior valor para quem tem MBAs e formação em cursos que visem a especialização, por exemplo, ou seja, o direcionamento específico para determinada visão. Nosso julgamento, nossa atuação como profissionais será tanto melhor quanto melhor pudermos ver um determinado assunto sob os mais variados prismas.
É necessária a diversificação, o "abrir a mente" ao invés de nos afunilarmos cada vez mais.
Em determinados casos e cada vez são mais numerosos, aquele que segue somente um caminho, sempre com as mesmas teorias, sempre com os mesmos conhecimentos e fundamentos, sabendo-os como a palma de sua mão, é como aquele que viaja para um determinado destino, sempre traçando o mesmo trajeto: ele sempre verá a mesma paisagem, as mesmas pedras no caminho, as mesmas flores. Uma ou outra coisa pode ainda mudar um pouco seu lugar, mas serão sempre as mesmas.
Ao passo que aquele que traça um trajeto diferente a cada dia, no final conhecerá todas as pedras de todos os caminhos e todas as flores do mundo inteiro. E muito bem!
Uma ótima semana a todos!





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terça-feira, 19 de julho de 2011

E aí, Brasil??

Tivemos mais uma pobre demonstração de futebol, encenada neste último final de semana pela Seleção Brasileira, quando foi desclassificada da Copa América. Longe de mim fazer qualquer tipo de comentário com relação à técnica do jogo, já que não sou profunda entendedora deste esporte, mas posso sim falar da total falta de comprometimento dos jogadores, aliás, quadro que só se repete. Posso falar sim da arrogância e da falta de brilho. Isso qualquer cidadão vê.
Tiro o meu chapéu e dou os parabéns ao hoje comentarista Casagrande. Em poucas palavras, logo após o término do jogo, ele disse o que muitos de nós sentimos e gostariamos de dizer.
Não somente os jogadores, mas o próprio brasileiro, no que se refere ao futebol, precisa aprender a ser mais humilde, a respeitar o adversário, seja ele quem for. Precisa aprender que não se entra em campo com o jogo já vencido, só porque são reconhecidos mundialmente já há longa data (aliás, já não é mais tão assim), como os melhores do mundo ou só porque ganharam cinco campeonatos mundiais. Isso não resume tudo e o Brasil já não é mais o melhor futebol do mundo. A "era" do futebol arte já passou e o brasileiro ainda vive destas glórias já bem ultrapassadas. Quem sabe se esse fanatismo desenfreado fosse levado para outras áreas, que não só o futebol, o Brasil fosse mais valorizado e querido pelo seu povo.
Espero, de coração e ansiosamente, pois ainda não vi nenhuma mínima mudança na mentalidade das pessoas, que o ocorrido tenha servido pelo menos como uma reflexão, para que nós, brasileiros, comecemos a pensar o futebol de forma mais realista, madura e justa para que, assim, nosso Brasil passe a ter a admiração sincera que merece.





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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Por quê?

A postagem desta semana é o pesar sincero por tantos abusos de todos os tipos que se possam imaginar, sofridos por inúmeras crianças e adolescentes ao redor do mundo todo. Pessoas das quais conhecemos ou ouvimos falar e aquelas que sequer imaginamos quem são ou o que tenham passado e que também se foram. É o pesar pela falha dos sistemas que deveriam impedir que tamanhas atrocidades acontecessem. É o pesar pelo medo ou descaso daqueles que sabem e nada fazem para salvar uma vida. Vidas que sequer estão começando... Vidas que tinham tudo para seguir adiante...
Coloco abaixo, uma reportagem tirada do UOL em sua íntegra. É a história de um menino que só Deus sabe o sofrimento que devem ter sido seus últimos anos de vida, tendo passado por todo tipo de privação e agressão, desencadeado pelo próprio pai e obrigado a viver constantemente dentro de uma jaula para abrigar cães. Aconteceu nos Estados Unidos e seu corpo foi encontrado no mês passado, juntamente com cartas escritas por ele mesmo, descrevendo alguns momentos de sua vida.
Foi uma reportagem que me tocou  muito mesmo, pois penso, o que será que terá passado no coração e na mente de um menino de 13 anos, vivendo com tanto sofrimento e dor, sem ao menos poder entender  o porquê.
Uma boa semana a vocês!
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04/07/2011 - 06h34

Menino que morreu após ser preso em jaula pelo pai descreveu abuso em cartas


Christian Choate contou em cartas que vivia em uma jaula de cachorro
O Juizado de Menores de Indiana, nos Estados Unidos, divulgou cartas escritas pelo menino Christian Choate, de 13 anos - encontrado morto no mês passado -, em que ele descreve o abuso que sofreu e como vivia trancado em uma jaula de cachorro.

Christian teria morrido em 2009, após ter sido espancado e ter sofrido uma fratura no crânio, segundo a autópsia. Seu corpo só foi encontrado em maio deste ano, coberto de cimento em uma cova rasa, depois que a polícia recebeu uma denúncia.

O pai do menino, Riley Choate, e a madrasta, Kimberley Kubina, foram acusados de uma série de crimes relacionados à morte de Christian, incluindo assassinato, espancamento, cárcere privado, obstrução de justiça e negligência.

Agora, documentos divulgados pelo Juizado de Menores de Indiana mostram que a vida do menino foi marcada por abuso físico e sexual, de acordo com informações divulgadas pelo jornal Northwest Indiana Times.

"Cartas do cárcere"

Em cartas que ele escreveu em seu último ano de vida, Christian conta como as outras crianças da casa - cerca de dez no total, entre filhos e sobrinhos do casal - brincavam do lado de fora, enquanto ele ficava confinado em uma jaula de cachorro.

O menino foi descrito pelo juizado como uma criança "triste e deprimida, que sempre ficava imaginando quando alguém, qualquer um, viria checar se ele estava bem e dar a ele comida e bebida". Christian também dizia que queria morrer.

Em uma das cartas, ele contava que ele era "solto" para limpar a casa ou passar o aspirador de pó, mas tinha que voltar para a jaula imediatamente depois de terminar as tarefas.

Outras cartas pareciam ser "trabalhos" passados a ele pela madrasta, que escrevia no alto da página perguntas como "Por que você não consegue esquecer o passado?" e "Por que você ainda quer ver sua mãe?"

A mãe de Christian, Aimee Eriks Estrada, perdeu a guarda de Christian e da irmã Christina em 2005, após acusações de que ela ou seu namorado estaria molestando Christian e outras crianças.

Não está claro nos documentos do Juizado de Menores por que o pai, Riley Choate, ficou com a guarda dos filhos, já que ele já havia sido intimado por "disciplina inapropriada" após ter abusado fisicamente de sobrinhas de sua mulher que viviam com ele, em 2004.

As meninas teriam passado mais de três meses com famílias adotivas, mas voltaram a viver com Choates e Kubina em dezembro do mesmo ano.

Denúncias

Nos anos em que as crianças viveram com o pai, o Juizado de Menores teria recebido uma série de denúncias envolvendo o casal. Uma delas, feita em 2008, dizia que havia pelo menos dez crianças morando com o casal, umas delas em "cárcere privado" por ter molestado outra criança.

Após uma visita à família, as alegações foram consideradas "infundadas".

Em março de 2008, Christian também teria contado a um pediatra que estava sendo trancado à noite, segundo fichas médicas.

O Juizado de Menores não tem nenhum registro de que o médico tenha comunicado a denúncia.

Em uma noite de abril de 2009, o pai teria espancado Christian e levado o menino desacordado para sua jaula. Na manhã seguinte, sua irmã Christina o encontrou morto.

Investigadores locais e estaduais estão agora tentando determinar como e por que o sistema fracassou em descobrir o abuso sofrido por Christian Choate.

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terça-feira, 28 de junho de 2011

Energia Nuclear

Aos pucos, o mundo vai pensando em se ver livre das usinas nucleares, a partir do momento em que os paises tomam as decisões importantíssimas de desligamento dos reatores. Claro que esta é uma mudança consistente e muito séria e cada um destes paises precisa fazer uma avaliação bem precisa de como substituir a energia nuclear. As alternativas mais interessantes são as energias eólica, solar e a que provém das usinas hidrelétricas, sendo que estas últimas ainda trazem os riscos enormes, por vezes, ao meio ambiente. Mas, antes é necessário saber se cada país tem recursos para se utilizar delas.
Paises como a Suiça, Alemanha, Áustria e Dinamarca estão dispostos ao abandono da energia nuclear, gradativamente, durante os próximos anos. A Itália, China, Tailândia e Malásia estão revendo os planos de construção de novas usinas nucleares, assim como o Brasil. Já paises como França, Grã-Bretanha e outros do leste europeu, disseram que não abrirão mão de seus reatores.
Realmente, vivemos um impasse mundial, quando o assunto são as usinas nucleares. O que é necessário ver é que o acidente ocorrido no Japão já era uma tragédia anunciada. Existem riscos muito grandes em torno das usinas e alguns paises tentam se safar de novos acidentes.
O Brasil, dentro do grupo dos que estão "pensando" e avaliando a situação atual, tinha 4 usinas nucleares com planos para construção até 2030. Com toda esta reviravolta mundial, estes planos deixaram de ser prioridade e entraram em avaliação pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Agora, só nos resta esperar e torcer ou fazer o que for possível para que as melhores decisões sejam tomadas e sejam mais e melhor preservados a vida no planeta e ele proprio.





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terça-feira, 21 de junho de 2011

Que vergonha!

Este artigo de hoje nada mais é do que uma chamada de atenção para a hipocrisia e para aqueles que acreditam que podem cometer crimes (assim seriam considerados para outras pessoas) por estarem "protegidos" pelas mãos divinas. Que fique claro que o título da postagem refere-se pura e exclusivamente à atitude imoral e não, de forma alguma, ao fato da prática homossexual. Cada um tem suas preferências e atitudes, contanto que não prejudiquem outros.
Sabe-se do fato de existir uma quatidade enorme de padres homossexuais que, durante o dia, realizam seus trabalhos religiosos e, de noite, tiram suas batinas e trajam-se com roupas de cidadãos comuns, participando ativamente da vida noturna das grandes cidades no mundo todo.
O problema que se discute aqui e que é sério, além da promiscuidade e da transmissão de Doenças Sexualmente Transmissíveis, é o fato de cometerem-se crimes contra mulheres que são engravidadas por alguns desses padres, a partir do momento em que são coagidas ao silêncio, quando os filhos nascem ou a fazerem abortos. E, nos casos mais chocantes, como um padre na Índia, que estuprava constantemente as mulheres de sua missão. Destas, muitas vieram a óbito depois de métodos absurdos para interromper a gravidez, sem falar dos tantos casos comentados de padres pedófilos, nos crimes contra as crianças. Mais uma vez, quem acoberta e paga por tudo isso? Esses crimes, essa imoralidade, esse desrespeito e hipocrisia?? A igreja. Aí está a vergonha e no fato dela própria negar estes acontecimentos dentro da instituição.
A igreja que quer ainda, apesar do desgaste, continuar a se mostrar imaculada e que reza missas diariamente a milhares de pessoas, dizendo-lhes para fazerem exatamente o contrário do que ela própria faz. Procurem ler mais alguns artigos sobre este assunto.
O melhor seria terminar definitivamente com o celibato, cada um assumir suas práticas sexuais e viverem vidas normais, como seres humanos normais que são. Com certeza, muitos destes problemas seriam evitados.
Beijos a todos!





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quarta-feira, 15 de junho de 2011

E agora, querida floresta?

Depois de anos e anos de sangrarem impiedosamente a nossa Floresta Amazônica com todos os recursos que ela possui, imaginava-se que o novo Código Florestal em discussão, primeiramente, na Câmara dos Deputados, fosse se mostrar justo e não hipócrita como foi. Ao menos era o que eu esperava, de todo o coração. Torci por ver medidas que realmente protegessem nossa floresta. Infelizmente,  o que vimos foi mais uma de uma sequência de derrotas para aqueles que realmente defendem a Amazônia. O que vimos foi a vitória, nesta primeira etapa, dos ruralistas, na defesa daquilo que eles acreditam ser seu direito de continuar explorando a terra e seus recursos de forma predatória, visando benefícios próprios e como forma de continuar engordando seus fartos bolsos.
O que se espera é que as próximas etapas, ou seja, Senado e por fim a presidenta Dilma Rousseff, abram os olhos e façam justiça a isto que temos de tão importante e que é nosso diferencial perante o mundo inteiro: a Amazônia.
Para quem estiver interessado, foi publicado um pequeno artigo na resvista Istoé, falando sobre a morte do casal de seringueiros José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, no Pará, por terem denunciado a extração irregular da madeira. Como ardorosos defensores da Amazônia, eram considerados sucessores do ambientalista Chico Mendes. E foi aí que entraram em confronto com peixes grandes demais. Não sou grande fã da revista Istoé e a reportagem não se aprofunda, mas serve como uma breve pincelada no assunto do Código Florestal.
Esta publicação é do dia 01/06/11 e tem o nº 2168. Para acessar a revista, basta conectar-se com o site www.istoe.com.br
Grande beijo a todos!





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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Copa do Mundo

E teremos mesmo, em 2014, a Copa do Mundo acontecendo aqui no Brasil. Muitos vibraram, ficaram felizes e orgulhosos por podermos ser sede dos jogos da Copa do Mundo nesse ano. Mas, longe de querer direcionar os pensamentos, aqueles que se puserem a pensar profundamente no assunto, com certeza verão que está sendo um grande erro. Muitos dirão que a Copa trará grandes quantias de dinheiro para o país.Mas, a verdade é que o preço que o pais pagará será e está sendo alto e injusto demais. Parte desse dinheiro é seu.
Vivemos num pais que, apesar de todos seus benefícios, vive em profundas dificuldades com educação, saúde e moradia, principalmente. Gigantescas quantias serão gastas para a construção e reforma de estádios, já que, segundo quem entende do assunto, a grande maioria está, hoje, em precaríssimas condições para tal evento. Não podem abrigar quantidades enormes de espectadores para a apresentação de jogos tão importantes. E, mesmo porque esse dinheiro todo deveria sim ser usado onde é extremamente necessário.
Além desses fatores internos, existem grandes interesses por parte de outros paises na grande quantidade de dinheiro e pessoas que estarão circulando por aqui, como forma de fazerem parte de esquemas grandiosos de tráfico de drogas e de pessoas e lavagem de dinheiro. Triste.
Mais uma vez, e repetidamente, tenta-se distrair a atenção das pessoas para grandes shows ou acontecimentos como uma forma de desviá-las do assunto ou dos assuntos que mais interessam.
Mais uma vez o Brasil torna-se palco da exploração, da ganância e da ignorância.
E a grande maioria se orgulha e ri de tanta alegria, como o macaquinho manipulado por detrás das grades de sua gaiola, que sente enorme alegria ao receber que seja um amendoim.
Triste.
Beijos carinhosos a todos.





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terça-feira, 24 de maio de 2011

Orgulho do Brasil

Eu nasci fora do Brasil. Vim do Uruguai para cá bem nova ainda, com meus 6 aninhos e lembro que, quando quis me naturalizar brasileira, me perguntavam: "Por que você quer se naturalizar? Ainda se fosse em outro pais? Mas querer se naturalizar brasileira que vantagem pode ter?" E eu respondia: "Tenho orgulho do Brasil e quero poder votar. Quero muito votar!" Ouvi essas indagações inúmeras vezes e vi as expressões de incompreensão tantas outras. Ninguém conseguia entender porque uma estrangeira podia querer se naturalizar como sendo de um pais do qual nada temos para nos orgulhar, um pais pobre, miserável, onde só acontecem desgraças, corrupção, etc, etc, etc, na concepção deles.
Era a minha convicção. A convicção de que este sempre foi sim, um pais abençoado por Deus. A convicção de que aqui está o futuro, mesmo que muitos mostrem aquele sorriso de desprezo "ahann, futuro, né?", dizem eles. Sempre acreditei que as coisas no nosso mundo começariam a melhorar a partir de paises como o Brasil.
E minhas convicções começam a se afirmar cada vez mais a cada notícia que escuto ou leio sobre pequenos, mas grandes feitos nesta nossa terra. Pequenos porque não são divulgados, porque não é interessante que se saiba que tem gente defendendo este pais lá nos bastidores. Porque, claro, se existem defensores, é porque alguém ou "alguéns" andam ou andaram fazendo coisas muito erradas.
E, junto com este pais, com os inúmeros recursos naturais e vastidão de terras, vão todos os outros. Está já bem mais do que na hora de nos darmos conta, pois o resto do mundo já se deu, da importância do Brasil para o mundo. E grandes feitos, porque são puramente do coração, para defender terras, animais e tudo que é nosso. Feitos que engrandecem, que recuperam, que replantam, que preservam.
Muitas coisas bonitas, persistentes, de muita luta, estão sendo feitas neste nosso Brasilzão e pouca gente sabe. Muitas coisas estão sendo feitas para a preservação da vida animal e da flora, pois se isto não for feito, nossa vida acaba também. Como um exemplo que, quando soube, achei lindo pela força e determinação e, ao mesmo tempo, me encheu os olhos de lágrimas, porque pensei "a que ponto chegamos para simplesmente deixar desaparecer uma vida?" Existem muitos trabalhos realizados pelas mulheres fundadoras da Associação Viva Verde da Amazônia (Avive), que, além de produzir óleos, velas e sabonetes, utilizando resinas, galhos, folhas e sementes sem derrubar nenhuma árvore, ou seja, utilizando-se da floresta "em pé", estão também à frente de um projeto que visa a recuperação do pau rosa, através de viveiros de mudas. Para quem não sabe, o pau rosa está extinto, graças a derrubada sem controle encabeçada pelos produtores do caríssimo perfume fancês Chanel nº 5, já que o pau rosa é a base deste perfume. Mas, o importante é que nem tudo o que está sendo feito vem de pessoas do povo ou daqueles que trabalham em projetos das prefeituras, por exemplo, ou de ONGs. Muito está vindo das mãos de empreendedores que também propõem um novo modelo de desenvolvimento, baseado na sustentabilidade. Este é nosso ÚNICO caminho: o da sustentabilidade. Nosso e do mundo. O caminho para devolvermos à Natureza aquilo que desordenadamente tiramos dela.
E assim, como eu mesma dizia que queria votar, é através do voto que também damos nossa contribuição, para colocarmos nos governos, pessoas que conhecemos, que sabemos quem são, quais seus históricos, de onde vieram. Mas por fontes éticas e dignas e não por um monte de informações absurdas que nos bombardeiam pela TV e internet, principalmente. É através do voto consciente, realista, sem preconceitos, que podemos colocar lá, desde um vereador, até aquele que vai poder instituir uma lei ou modificar outras para que as coisas continuem seguindo cada vez mais adiante.
É isso aí, pessoal, para aqueles que concordam comigo, vamos em frente! Vamos, cada um de nós, fazer nossa parte.
Beijos carinhosos a todos!






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terça-feira, 17 de maio de 2011

Darwin estava errado??

Pois é, pasmem, mas ainda bem que continuam aparecendo pessoas que contestam aquilo em que se acreditou por décadas. Eu, na minha modesta opinião, acho ótimo que estas coisas aconteçam, pois mostra que o homem está em constante mutação, sempre em transformação. O ser humano se adapta sempre, modifica seus comportamentos, sua forma de pensar, então o que foi comprovado em outras épocas, por simples observação ou por pesquisa, pode não ser mais válido para os dias de hoje, se levarmos em conta a forma pela qual o ser humano tem evoluído.
Dentro desta vasta gama de pessoas "revolucionárias", está o sr. Samuel Bowles (bowles@santafe.edu ou bowles@unisi.it), economista americano pela Universidade de Harvard e com vastíssimo curriculum, inclusive em Ciências Comportamentais, que, após pesquisas realizadas durante muitos anos em diversos países pelo mundo, dá a si próprio o direito de dizer: "Darwin estava errado".
Isto porque, como resultado destas inúmeras pesquisas, ele chega à feliz conclusão de que a seleção natural nas espécies, ao contrário do que dizia Darwin e do que acreditam biólogos e economistas, por exemplo, pode produzir espécies altruístas e cooperativas, ao contrário de completamente egoístas. Segundo, Bowles, "o comportamento humano é muito mais complexo do que a teoria da evolução supõe".
E, ao pensarmos em evolução, que é um processo demorado e visto que já se podem constatar os resultados positivos destas pesquisas feitas juntamente com antropólogos e economistas, podemos começar a suspirar com um pouco mais de alívio ao perceber que o ser humano caminha para dias melhores. Muitos não acreditarão, pois fazem parte daquele grupo enorme de pessoas para as quais o homem não tem mais solução, pois é um caso perdido.
Mas a verdade não é bem essa. Desde os primórdios da espécie humana, tem-se provas de que são os comportamentos cooperativos aqueles que dão certo. Segundo as pesquisas de Bowles, os grupos que "seguem adiante" na perpetuação de sua espécie, que se reproduzem em larga escala são os cooperativos. Os egoístas não "vingam". Eles sucumbem vítimas do próprio egoísmo. E a esperança é que, assim, ano após ano, o homem vá tornando sua imagem, seus valores, suas metas cada vez mais fortes em prol de um mundo mais bonito.
Vale muito a pena ler a reportagem toda. Para aqueles que se interessarem é só acessar o site da Revista Istoé (www.istoe.com.br). A reportagem foi veiculada no dia 23/3/2011, com o título "Charles Darwin estava errado".
Beijo carinhoso a todos!





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terça-feira, 10 de maio de 2011

Sistemas inteligentes a serviço do planeta

Faz alguns dias, li uma reportagem muitíssimo interessante, publicada no final do ano passado, na revista Carta Capital.
Falava sobre a proximidade, cada vez maior, entre os mundos físico e digital, tendo como resultado uma maior eficiência e oportunidades.
Já se tem hoje a noção, a partir do mundo da TI, que o investimento ou as novas descobertas relacionados aos sistemas inteligentes serão o próximo grande negócio. E o mundo cada vez se torna mais inteligente...
É claro que sempre vão existir as pessoas que se mostram reticentes e contrárias à chegada de tanta tecnologia. É como se todos fossemos virar robôs, frios e sem sentimento. E é óbvio também que, esta mesma tecnologia, vinda de forma tão abrupta, acabou por ter um preço alto demais dentro das relações entre as pessoas. As distâncias físicas cada vez são maiores e isso é realmente péssimo para a perpetuação do afeto, para a perpetuação do "calor humano", nos seus sentidos mais abrangentes. Muitas, mas muitas pessoas perderam e ainda vão perder seus lugares para as máquinas, para a automação.
O que precisamos de fato fazer, é tentar pensar em todas essas mudanças, juntando o melhor de cada um dos aspectos. Pensando de que forma a altíssima tecnlogia pode ajudar as pessoas a terem uma qualidade de vida cada vez melhor, com mais saúde, mais protegidas. De que forma esses sistemas inteligentes podem ajudar na economia de energia, na preservação de recursos naturais, na preservação e estudo de todas as espécies animais e, consequentemente, do ser humano e por aí vai. Temos que pensar, hoje, como a combinação destes dois aspectos, o físico e o digital, podem e vão ajudar o planeta a seguir em frente da forma mais saudável possível e ao homem a descobrir tantas coisas fascinantes, a se conhecer melhor e a perceber que muito podemos evoluir sem nos distanciarmos tanto uns dos outros. Precisamos nos conscientizar de que a informática tem que nos servir para que juntos possamos compartilhar conhecimentos e metas.
Falando só um pouquinho com relação à Psicologia, existe um pessoal nos EUA que realiza trabalhos muito interessantes em TI, mostrando como pode se dar a colaboração entre as mais variadas disciplinas. Eles criaram uma tecnologia a favor da análise de fatores que interferem no comportamento, cognição, ou seja, no emocional/afetivo e no intelectual. "É um conjunto de sistemas que ajudam as pessoas a entender seus comportamentos, hábitos e pensamentos".
Para quem tiver interesse em ler mais sobre estas pessoas, elas fundaram "The Quantified Self" e muitas informações interessantes podem ser vistas no blog quantifiedself.com
Neste enorme universo dos sistemas inteligentes, que está só começando, são as companhias iniciantes as que produzem aparelhos que medem de tudo o que se possa imaginar. Como alguns exemplos, temos a Optiqua, em Cingapura, que produziu um chip que mede a velocidade com que a luz atravessa uma amostra de água, para detectar impurezas. Existe também a XcelEnergy, do Colorado (EUA), que encontrou "soluções inteligentes" para o controle da energia. Como aplicativos "inteligentes", podemos falar do Googles, da Google, que através de foto de uma pintura ou livro, oferece uma pesquisa completíssima sobre tal objeto. Podemos também falar do SeeClickFix, que se encontra em alguns smartphones e que permite registrar informações como semáforos quebrados ou lixo a ser recolhido ou o Skyhook Wireless, que é um dispositivo apto a prever a densidade das pessoas em áreas urbanas, como forma de saber mais sobre seus comportamentos (hábitos). INCRÍVEL?? Com certeza, mas ainda vem muito mais por aí...
Para quem quiser ler o artigo da Carta Capital, com maiores detalhes, é só acessar www.cartacapital.com.br. A reportagem foi publicada em 1/12/2010, com o título "É um mundo inteligente".
Aproveitem!
Um abraço carinhoso a todos!




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segunda-feira, 2 de maio de 2011

Festa na Monarquia

Nesta última 6ª feira de abril de 2011, dia 29, fomos testemunhas à distância (os que não fomos convidados, é claro) de mais um espetáculo real. Mesmo que não quisessemos saber de nada, nem ver ou ouvir coisa alguma, sempre haveria algum ponto para onde desviássemos nosso olhar ou "antenássemos" nossos ouvidos e estariamos sendo cúmplices de mais um evento realizado nos palcos da monarquia inglesa.
Pergunto-me ainda, depois de inúmeras vezes: qual o propósito de tudo isto?
Com todo meu respeito aos simpatizantes da monarquia, considero um evento destes, uma afronta à situação mundial, vista por todos os seus ângulos.
Num planeta onde a grande maioria dos países passam por grandes e seríssimas dificuldades das mais variadas possíveis, temos à nossa frente, a celebração de um casamento repleto do desperdício de dinheiro público e coberto pelo tênue manto da ignorância de tantas pessoas que se acreditam num conto da fadas e que parece que fazem questão de virar as costas às necesidades gritantes do nosso planeta.
Um espetáculo, ao meu ver, ilário, desengonçado, meio como "Alice no País das Maravilhas", mas, ao mesmo tempo, tristemente ignorante, que de tanta insistência, torna-se como Pôncio Pilatos, ao lavar suas mãos. Se fosse o discurso da monarquia, talvez veriamos em seus lábios: "Virem-se vocês com seus infortúnios. Nós temos muito o que fazer pela perpetuação do nosso poder".
É engraçado, mas me faz lembrar um pequeno discurso que ouvi na semana passada, também, de um certo alguém de lá de um estado riquíssimo na Itália, quando pediu a ajuda de todos, aos refugiados do Japão. É como se vissemos em seus lábios: "Virem-se entre vocês para ajudar esses pobres coitados. Nós temos muito para nos preocupar com nossos próprios cofres. Esta batalha não é nossa".

Um enorme abraço a todos!!




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quinta-feira, 28 de abril de 2011

A Metamorfose da Lagarta

Olá, pessoal!
Para inaugurar as postagens neste blog e torcendo para que seja um meio de divulgação de opiniões e idéias de sucesso, faço uma pequena homenagem ao título com uma poesia linda, de grande motivação para qualquer leitor. Até a próxima!

Era uma vez...
Uma lagarta envergonhada,
Que pelo chão se rastejava,
E todo mundo debochava:
Que lagarta desengonçada,
Feia e maltratada!
Ninguém, dela, gostava,
As pessoas, ela, assustava.
Pobre Dona Lagarta...
Muito triste ficou,
E sentindo-se desprezada,
Em um casulo se fechou.
E assim...
Passaram-se os dias,
Ninguém, a sua falta, sentia,
Até que em belo cenário,
Enquanto o sol, a vida, aquecia,
E a rosa, o jardim, floria,
Em um galho pendurado,
O casulo se abria.
E uma linda borboleta,
De asas bem coloridas,
O casulo deixou,
Alegrando nossa vida.
E, todos viram o milagre,
Que a natureza preparou,
A feia e envergonhada lagarta,
Na borboleta se transformou.

Já não era desengonçada,
Mas, linda e cheia de graça,
E a todos superou.
Pois, não mais se rastejava,
Pelo contrário, voava,
O céu, enfim, conquistou

(Vera Guedes)