Para quem ainda não sabe, o Ato Médico constitui-se em mais uma medida arbitrária por parte da classe médica, a partir da qual lutam pela aprovação de uma lei que deixe como exclusivos desta mesma classe, alguns procedimentos importantes na avaliação de pacientes, dentro da área da saúde, como a elaboração de diagnósticos e os possíveis encaminhamentos. Por ele, lutam por concentrar em suas mãos esses procedimentos que, hoje, também são realizados com louvor por outros profissionais como psicólogos e fonaudiólogos.Interfere-se assim nos acompanhamentos multidisciplinares, muito mais eficientes nos resultados finais e, consequentemente, nos atendimentos no SUS, pr exemplo, que se baseiam nessa multidisciplinaridade.
Por um lado, os profissionais da área da saúde lutam incansavelmente por trabalhos onde todos possam interferir com suas visões e interpretações de um acompanhamento. É como dizemos que vários olhos vêem melhor que dois. E, por outro lado, a classe médica continua desejando o oposto: que todo o poder continue em suas mãos, que as possibilidades se afunilem.
Coloco esta postagem de hoje como um protesto ao Ato Médico, não somente como representante da classe dos psicólogos neste país, mas como algo maior: o ato de abrirmos os olhos para o narcisismo desta classe que deveria ser companheira sempre. O ato de avaliarmos melhor o que pode existir por trás do controle nas mãos de somente uma classe de profissionais da saúde: sempre se esconde algo por detrás do controle, qualquer que seja, em qualquer tempo.
Uma ótima semana!
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