quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Medida correta ou mais um golpe na educação?

Como sempre fiz em todas as postagens deste blog, aqui vai mais um tópico para reflexão e, mais uma vez, relativo à educação neste país. Para nós, como cidadãos comuns, que temos nossos filhos estudando em escolas e para os educadores, mais ainda, para pensarem e repensarem, pois neles sim está o poder para modificar de fato alguma coisa, caso seja necessário.
A partir de novo projeto aprovado pela Prefeitura da cidade de São Paulo, novas medidas voltarão a entrar em vigor nas escolas municipais, entre elas a reprovação, a lição de casa obrigatória, a avaliação bimestral sistemática, notas de 0 a 10 e o envio do boletim aos pais. Diga-se que são medidas abolidas há mais de 20 anos da rede pública paulistana então, vai a pergunta que não cala: por que voltar no tempo e retomar o que é considerado arcaico?
E, dentro deste questinamento, voltamos sempre ao mesmo ponto da pouca importância dada às questões sociais. Não se considera o processo educacional como um todo, mas somente o resultado final, onde, via de regra, o aluno acaba por ser punido.
O sistema de progressão continuada, em ciclos, foi inicialmente implantado pelo educador Paulo Freire (lembram dele?) em algumas escolas públicas nordestinas com total sucesso. A partir daí, a idéia foi desenvolvida, aceita e trazida, por exemplo, para escolas municipais da cidade de São Paulo, durante a gestão da ex-prefeita pelo PT, Luiz Erundina, em 1992.
Neste conceito, não há lugar para a reprovação ou aprovação, pois entende-se que que a educação é um constante movimento de aprendizado, contituído basicamente por três partes: alunos interessados, professores capacitados e motivados e a família como parte importantíssima e participativa neste processo. Na progressão continuada não há lugar para a evasão escolar, pois, supostamente, ao não ser reprovado, o aluno sempre terá um motivo muito positivo para continuar na escola, além dele não ser avaliado com notas, que nada mais são do que uma forma de deixar claras as diferenças entre os alunos, sem tratar as dificuldades.
A progressão continuada tem um forte apelo para a educação por excelência, desenvolvendo-a dentro de seus conceitos mais puros, mas, infelizmente, ela foi sendo desvirtuada com o tempo e deixou de mostrar os resultados esperados. Distorceu-se o conceito pela crença de que os alunos deveriam passar de ano mesmo que não soubessem nada.
Ou seja, literalmente "joga-se fora" um conceito sobre educação que a valoriza como processo e não como resutlado final, pela simples incapacidade de profissionais desmotivados e sem preparo, para lidar com as diferenças entre os alunos, dando ênfase à resolução das dificuldades de cada um. Claro, dá muito mais trabalho!! Assim, os alunos iam passando de ano, mas com dificuldades que nunca haviam sido sanadas, em matemática, português, como, por exemplo, chegar ao 5º ano praticamente analfabetos. Pode?
Como o resultado foi decaindo muito no decorrer destes anos, optou-se, através destas novas medidas, por continuar a punir o aluno, dentro de um processo onde ele é o menos responsável e colocando-o novamente dentro de um sistema que se acreditava ultrapassado, mas que controla, permeado pela limitação intelectual.





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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Psicologia e dança: novo foco para uma grande parceria!

Boa noite a todos!!
Além do leque de opções em atendimento oferecidos pelo CEDOP Centro de Desenvolvimento Organizacional e Pessoal, surge agora uma nova perspectiva, um novo foco para a parceria Psicologia + dança.



Projeto ART&VIDA:
 Dança Terapia
 Dança do Ventre  
 
Saiba mais!                99218.7329
 
 
 
 
 

terça-feira, 9 de julho de 2013

Nova divulgação!!

Olá, pessoal!
Gostaria de postar o último panfleto que elaborei, como forma de continuar a divulgação dos meus trabalhos. Este recurso nunca deve parar!! Ele já está sendo distribuído, além do compartilhamento nas redes sociais.
Espero que gostem e me ajudem na divulgação!
Obrigada!
 
 
 

 

www.cedop.net

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Infância abandonada


Me vejo fazendo esta pergunta repetidas vezes: o que estão fazendo com nossas crianças? As discussões com relação a este tema são inúmeras: desde os casos de abandono “ao pé da letra” até o mais novo golpe. A lei sancionada há pouco tempo pela presidenta Dilma fala da obrigatoriedade de matrícula de crianças de 5 anos de idade no ensino fundamental, até o ano de 2016. Não diria que foi o golpe de misericórdia, pois depois de tudo que já vi e ouvi com relação à infância, infelizmente não me resta outra alternativa a não ser acreditar que ainda tem mais. Ah, com certeza, o ser humano é capaz de tal façanha!

A infância está sendo abandonada, aos poucos, através de atitudes radicais e sem reflexão por parte dos adultos. Elas são abandonadas dentro de seus próprios lares, pela falta do amor verdadeiro e para fora deles, quando a família desestruturada não os consegue criar, não os consegue orientar, educar, amar. São abandonadas quando são agredidas, violentadas, mortas sem piedade. São abandonadas quando são medicadas para “curar” ou “tratar” males que o próprio adulto desconhece, mais especificamente a classe médica. Quando este médico despreparado para os males da alma, o que infelizmente acontece com a maioria, fala para uma família igualmente despreparada, com medo do que também desconhece, cansada do próprio fracasso, é claro que encontrará ouvidos prontos e desesperados por palavras que tranquilizem. Tranquilizam sim, mas nada passa de uma ilusão. O que o médico diz não alcança a verdadeira causa do que possa ser um “distúrbio” qualquer. E então, aplica-se a alopatia para poder “controlar”, mas não para realmente tratar. Assim, estes pais acreditam que tudo está resolvido. Foi controlado, foi dado um nome e o passo seguinte é o remédio, dado a uma criança que sequer foi avaliada em toda a sua dimensão, em toda a sua complexidade. Esta criança não é ouvida, não é observada, não se olha para ela com os olhos de quem realmente quer ajudar, curar.

A infância está sendo abandonada mais uma vez, quando se obriga a colocá-la numa escola com as exigências de um ensino fundamental, aos 5 ANOS DE IDADE!! A educação infantil, que ainda hoje se dedica a crianças de 4 e 5 anos, está pedagogicamente estruturada para receber e orientar crianças desta faixa etária. Isso já existe. Por que, então, a necessidade de mudar isto e colocá-las tão cedo numa etapa de ensino que não foi planejada para elas? Como já disse em outra postagem, a criança passa por diferentes etapas de desenvolvimento cognitivo, motor, emocional, etc, de acordo com sua idade e isso precisa ser respeitado. Continuam sendo queimadas etapas importantíssimas para o desenvolvimento sadio de um ser humano e estes serão os adultos que amanhã estarão por aí, disputando vagas em faculdades, em empresas, procurando se relacionar com outras pessoas, enfim, procurando viver. Desta forma, estamos permitindo o desrespeito a estas crianças, em todos os sentidos, crianças que, num futuro não muito distante, serão adultos repletos de limitações, de incertezas, de dúvidas, de fracassos como seres humanos. Aliás, fazendo uma pequena correção, estamos desrespeitando estas crianças que, cada vez mais, não chegam à adolescência, muito menos à idade adulta, sem precisar de acompanhamento psicológico.

Nossas crianças sofrem e, enquanto nada for feito, continuarão sofrendo em suas próprias vidas a responsabilidade sem fim de precisar satisfazer a demanda dos desejos do mundo dos adultos.

Deixo aqui uma imagem, para mim muito triste, que simboliza num ato de alguns segundos, o que acontece num âmbito muito maior: no colégio onde minha filha estuda (colégio que abriga estudantes de uma fatia abastada do bairro de Alphaville, em Barueri-SP), há uns dias atrás, precisei esperar alguns minutos para poder trocar umas palavras com uma das coordenadoras. Aguardei no local onde as crianças são “deixadas” pelos pais, quando não têm sequer alguns minutos para descer do carro e se despedir. Num determinado instante, me deparei com a cena que me cortou o coração. Como mãe, imaginei se fosse minha filha. Que dor.... Desceram dois irmãos de um carro, o maiorzinho cuidando do outro pequenino, que não devia ter mais de 3 anos. Cada um puxava sua mochila de rodinhas e foram em direção à rampa de acesso às salas de aula. A cena termina com o irmão mais velho dizendo: “vamos, vamos...”, segurando forte a mão do pequenino que acenava sem parar para um pai que já não estava mais lá e dizia “tchau, papai. Tchau, papai....”
Um abraço a todos!





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quarta-feira, 6 de março de 2013

Será mesmo que quanto mais cedo, melhor?

Estive lendo uma reportagem muito interessante na revista Carta Capital, que, ao mesmo tempo que me surpreendeu pela riqueza de informações, me causou certo incômodo. Refiro-me a uma reportagem que fala dos estudos realizados com relação aos efeitos do aprendizado precoce.
As opiniões ainda são diversas e contraditórias com relação a este assunto, pois, ao mesmo tempo que se coloca o maior desenvolvimento da capacidade cerebral entre o nascimento de um bebê até seus cinco anos de idade, existem os que dizem que a pressão inicial em demasia pode condicionar as crianças a um fracasso posterior.
Muitos paises europeus e a Coréia do Sul, por exemplo, irão investir cada vez mais, neste ano, na educação precoce para crianças de 3 e 4 anos de idade, pois acreditam que, futuramente, estas crianças terão maior sucesso em qualquer âmbito de suas vidas.
Na mesma reportagem salienta-se o fato de que não existe uma relação comprovada entre o tempo que uma criança permanece numa pré-escola e suas realizações posteriores.
Como em todas as publicações neste blog, a intenção que existe aqui é a de colocar temas diversos e sua consequente reflexão, hoje faço exatamente o mesmo.
Claro que já foi comprovado cientificamente, através de estudos durante anos, que o cérebro se desenvolve em sua maior intensidade até, aproximadamente, os cinco anos de idade. Mas também se sabe que o indivíduo nasce, cresce e se desenvolve de acordo com etapas, que precisam ser respeitadas. A forma como é absorvida uma informação e como se reaje a ela é completamente diferente numa criança de cinco anos e numa de oito, por exemplo, mesmo que neste exemplo estejamos saindo da faixa etária colocada acima. A forma como professores devem lidar com estas duas faixas etárias precisa ser completamente diferente, pois eles "pensam" de forma diferente.
Uma criança, até os cinco anos de idade absorve informações de acordo com sua capacidade mental, mas não está apreendendo esta informação. Ela não compreende, ao certo, o que está sendo ensinado a ela, pois seu cérebro ainda não funciona dessa forma. Então, esta criança precisará ser "treinada" para responder a este aprendizado da forma que se espera que ela faça. Ou seja, desta forma, são "atropeladas" etapas importantes pelas quais a criança precisa passar naturalmente.
Assim está escrito na reportagem " 'Treinar crianças' nos primeiros anos não leva automaticamente a ganhos de aprendizado". A criança não está aprendendo nem apreendendo informações de forma construtiva. Ela está repetindo padrões tidos como positivos para seu desenvolvimento futuro.
Asim, cabe a nós, educadores como pais, como professores e como profissionais em diversas áreas, refletirmos até que ponto este investimento no "aprendizado" precoce pode ser benéfico para estas crianças.
Se o que se quer é formar seres humanos íntegros, para que tenham pleno sucesso em seu futuro, em todos os âmbitos de suas vidas, precisamos olhar para este processo como um todo, como algo muito amplo, que começa quando este bebê nasce e vai por muitos anos depois, não somente até os cinco.  Precisamos avaliar em que mundo esta criança vive, cercada de que valores e ir formando estes seres aos poucos, respeitando o tempo de desenvolvimento de cada um. Podemos sim, ajudá-los com valores positivos, se soubermos respeitá-los e ajudá-los a que, eles próprios construam suas próprias noções para aspirações maiores em suas vidas.
Um abraço a todos!





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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Uma pequena amostra no Youtube

Olá a todos!
Esta postagem de hoje será bem curtinha, pois minha intenção é direcioná-los, através do link abaixo, a uma filmagem que fiz para o Youtube, onde explico resumidamente os trabalhos do CEDOP. Assim poderão me "conhecer" também. Espero que aproveitem!

http://www.youtube.com/watch?v=ADmtURXpCvc&feature=youtu.be





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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Novidades sobre o CEDOP!

Olá, pessoal! Já me desculpando pela ausência de alguns meses, gostaria de colocar-lhes aqui uma novidade com relação aos trabalhos desenvolvidos pelo CEDOP Centro de Desenvolvimento Organizacional e Pessoal.
É um projeto que foi pensado e colocado em prática durante os últimos meses de 2012 e que tem como objetivo, o suporte às famílias expatriadas que vêm para o Brasil, na grande maioria, sem o preparo necessário para que a adaptação a uma nova realidade aconteça de forma mais amena.
Abaixo, coloco, na íntegra, uma descrição mais detalhada deste projeto.
Obrigada pela atenção!
 
 
INTRODUÇÃO:
 
 
O Grupo APOIO é uma ramificação dos trabalhos de Orientação Pessoal, realizados pelo CEDOP (www.cedop.net),  que visa atender famílias expatriadas, moradoras no município de Barueri e arredores.

O CEDOP (Centro de Desenvolvimento Organizacional e Pessoal) é uma empresa que realiza trabalhos em Orientação Organizacional e Orientação Pessoal e/ou Atendimento Clínico, tendo sempre a Psicologia como principal pano de fundo para qualquer um dos acompanhamentos.

No Atendimento Clínico / Orientação Pessoal , nosso foco principal é detectar a fonte de conflitos pessoais do cliente e ajudá-lo nesta descoberta, proporcionando-lhe, dentro do possível, o entendimento de seus próprios processos, para que ele possa ter uma vida plena, sem empecilhos e feliz. Procuramos, como ponto principal, melhorar a qualidade de vida do cliente, apoiando-o em sua trajetória para a conquista de metas e, a cada encontro, nos preocupamos em proporcionar-lhe momentos de descontração.


 




PROPOSTA:
 

Neste caso específico, a proposta do Grupo APOIO é uma parceria com a família expatriada solicitante dos serviços, com o objetivo de amenizar o trauma do desligamento de sua terra natal, dando-lhe total assistência para sua adaptação ao novo país. Esta transição torna-se mais tranquila quando há uma compatibilidade de idiomas, visto que tudo pode ser feito, quando necessário, utilizando o inglês ou espanhol.

Esta assistência deve ser direcionada, visando dois pontos principais:

* Apoio à dinâmica familiar, levando em consideração o conteúdo psicológico. Desta forma, faz-se um acompanhamento mais próximo a todos os integrantes do grupo familiar, principalmente a mulher/mãe, para que possa ocorrer uma rápida integração ao novo ambiente.

* Ao mesmo tempo e para que o item acima possa ter sucesso, é necessário que haja o apoio à organização do lar, de acordo com novos hábitos, levando em consideração a administração dos serviços domésticos.

Cabe salientar que, dentro do item acima o Grupo APOIO  recorre ao auxilio de outros profissionais, sempre que necessário, para que o resultado seja sempre positivo.

APOIO À DINÂMICA FAMILIAR:
 

O objetivo é ajudar a cuidar da dinâmica da família expatriada no que se refere aos aspectos psicológicos, ou seja, procurar uma forma de vincular os dois momentos desta família: antes e depois da vinda ao Brasil.

Antes, esta família construiu uma história em seu país de origem e está fortemente vinculada a ela. Depois, ela passará a construir uma nova história aqui, com características completamente diferentes. Vincular as duas histórias faz com que esta família consiga dar continuidade à sua vida de forma saudável.

Estes são alguns procedimentos que podem ajudar neste processo:

- como forma de terapia breve, elaborar o histórico desta
 
  família antes da vinda para o Brasil;

- propor visitas e/ou passeios para que eles possam entrar em

  contato com a cultura e os costumes locais;

- promover a integração destas pessoas à comunidade onde

  estão inseridos;

- auxiliar na procura de uma nova escola e na integração dos

  filhos a esta nova  realidade;

- propor locais para lazer;

- propor formas mais fáceis de realizar as tarefas diárias e

  rotineiras de uma casa, como pagamento de contas, compras,

  etc.

APOIO À ORGANIZAÇÃO DO LAR:
 
O objetivo é dar apoio à família para que ela possa organizar a administração dos serviços domésticos, dependendo dos empregados que houver na casa, além da administração, a princípio, das compras necessárias para o sustento diário da família.

A lacuna que existe pela diferença entre os idiomas e pela família não saber ao certo como organizar o trabalho dos empregados, acaba criando situações de desconforto. Por isso, este apoio é de extrema importância para que a família possa se sentir mais tranquila, sabendo que tudo caminha bem com aqueles que cuidam da casa.

As atribuições deste acompanhamento são:

- supervisionar os empregados dos serviços gerais da casa,

  ajudando-os na organização das tarefas, que podem ser

  divididas assim:

     * higiene e limpeza (empregada diarista ou

      mensalista/faxineira)

    * servir e arrumação dos ambientes (copeira)

    * jardinagem (jardineiro)

    * preparo da alimentação (cozinheira)

- supervisionar os empregados de maior confiança (quando

  houver), por estarem mais ligados ao dia-a-dia dos adultos e,

  principalmente, crianças, como: babá e motorista;

- organizar as compras necessárias para as necessidades diárias

  da família;

-auxiliar na seleção e admissão dos empregados, quando ainda

  não houver.





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