Depois de ler mais um artigo bem interessante da revista
Carta Capital, confirma-se cada vez mais a influência, altamente nociva, da
mídia neste país e de um grande grupo de pessoas que tem interesse em que o
Brasil não funcione, claro que impulsionadas e instruídas por esta mesma mídia.
Foi na abertura do Fórum Brasil, promovido pela revista
citada acima, que, entre outros encontros, houve o do economista e vencedor do
Premio Nobel, Paul Krugman e o ex-ministro e professor Antonio Delfim Netto.
Neste encontro, discutiram diversos pontos importantes sobre a economia
brasileira, dizendo que o Brasil não é mais um caso de país vulnerável e que
conta com um mercado interno forte, não dependendo mais do dinamismo externo
para crescer. Colocaram que a situação
interna somente precisa ser administrada e que, depois que o país conseguiu
equacionar a questão da dívida externa, passou a apresentar maior estabilidade,
com a inflação sob controle sim, mesmo que se fomente o contrário. E temos uma
política fiscal mais responsável. Colocaram, também, que o Brasil precisa mudar
a proporção entre investimento e consumo e que se encaminha para essa direção.
Um comentário importante foi dizer que é necessário que o
brasileiro veja claramente nosso passado, para perceber os momentos terríveis
pelos quais passamos e conseguimos nos reerguer: a Grande Depressão e agora, as
conseqüências da crise de 2008.
Entre um comentário e outro, fica claro para eles que não há
nada de tão importante lá fora e que o Brasil precisa repensar e acreditar em
sua própria economia que, entre acertos e erros que precisam ainda ser
corrigidos, vai por um caminho próspero.
Existe um pessimismo, fomentado por empresários, pela classe
dominante, pela mídia, etc, capaz de interferir na opinião de uma grande
massa. Claro que não chegaremos ao ponto
de dizer que vivemos como Alice no País das Maravilhas. Ainda há muito a ser
feito, com certeza.
Cabe a cada um de nós, como sempre digo, abrir nossas
mentes, procurarmos mídias de confiança para nos informarmos com quem realmente
vale a pena ser levado em consideração e aí, sim, formarmos uma opinião um
pouco mais justa.