quinta-feira, 9 de agosto de 2012

O poder do "sexo frágil"

Afortunadamente, o estigma de "sexo frágil" que as mulheres tiveram que carregar por anos e anos, vai chegando ao fim. Muitas coisas ainda precisam mudar, principalmente nos valores e na forma das pessoas verem e viverem a vida. Mas, estamos chegando lá.
Por muito tempo, demais para o que poderia ser justo para qualquer ser humano digno, as mulheres foram relegadas a segundo plano em todos os aspectos da vida. Começando dentro de casa, na vida profissional desde a escola, na vida política, no convívio com seus semelhantes e por aí vai. Ela nunca teve seu real valor e, nesse sentido, fomos tristemente amparadas pelas "normas" retrógradas e humilhantes pregadas pelo catolicismo, dentro das quais, erradamente, foi colocado que nós, mulheres, viemos da costela de um ser superior, o homem, e que a ele deviamos obediência incondicional. Simples assim.
Não, não é nada simples e é desconcertante, degradante, a mulher precisar ter se sujeitado a tamanha injustiça por tanto tempo. Ela carregou esse peso de algo não criado por ela, mas para ela e calada teve que ficar por tempo demais. As mulheres foram e são ainda vítimas das piores atrocidades em diversos momentos de nossa história, ou por tentarem se mostrar como realmente eram, ou por simplesmente existirem. E por outro lado, com uma boa dose de medo também e de ignorância, ela se manteve assim, tristemente acomodada, calada, órfã de todos os seus direitos como ser humano e como cidadã.
Aos poucos, as mudanças foram ocorrendo, mudanças estas vistas, na grande maioria, como bobagens de quem quer somente se igualar aos homens. As mulheres nunca quiseram se igualar aos homens, mas sim ter seus direitos reconhecidos e respeitados e, ao lado dos homens, lutar de igual para igual, por uma saudável vida em comum.
Aqui, no Brasil, a luta feminina teve início na ditadura militar, quando a mulher precisou lutar pelo seu direito de expressão e de existir. Foi brutalmente caçada, torturada, violentada e assassinada, mas foi deixando seu legado de poder.
Hoje, mundialmente, vemos o movimento feminino cada vez mais consciente, maduro e forte, até em países de cultura mais rígida, onde já há algum tempo elas começam a se fazer notar. A mulher está presente em qualquer esfera de nossa sociedade, como executivas em empresas, no mercado financeiro, na política, como donas de empresas próprias, como provedoras do lar. A lista não acaba aí. Como disse no início, ainda há muito a fazer, muitos ajustes para finalizar, mas estamos no caminho certo.
E simples assim é o fato de finalmente perceberem que tudo isto nada mais é do que um direito, o direito de viver em paz, de ser feliz, de ter a auto-estima nas estrelas e, como uma, iluminar e apoiar, não simplesmente se igualar, àqueles que fazem parte de seu mundo.
Um abraço a todos!





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